sábado, 17 de setembro de 2016

A Importância do Conhecimento Geográfico


A Importância do Conhecimento Geográfico para o Exercício da Cidadania



A geografia é uma ciência que estuda, analisa e tenta explicar ou conhecer o espaço geográfico, concebido como um produto histórico e social das relações que se estabelecem entre a sociedade e o meio circundante. ao analisar o espaço geográfico em conjunto com o aluno o professor fornece ao aluno as condições para que seja realmente construída a sua cidadania.

Mas porque o conhecimento do espaço geográfico instrumentaliza o aluno para cidadania? O exercício da cidadania pressupõe a participação política de todos na definição de rumos que serão assumidos pela nação e que se expressa não apenas na escolha de representantes políticos e governantes, mas também na participação em movimentos  sociais, no envolvimento com temas e questões da nação e em todos os níveis da vida cotidiana. Para participar nas decisões políticas nacionais o cidadão precisa ter uma visão integrada do espaço, pois o conhecimento do espaço possui fundamental valor estratégico nos embates políticos.

Para Lacoste "é necessário saber pensar o espaço, para saber nele se organizar, para saber nele combater" (apud MORAES, 1985, p. 116). Vê-se, portanto, que não dá para dissociar o conhecimento do espaço geográfico do exercício da cidadania. Uma vez que é no espaço que a cidadania se efetiva. Contudo para que a cidadania seja efetiva não basta conhecer o espaço é preciso lutar para apropriar-se desse espaço. Segundo Diamiani (2003, p. 52) "o cidadão se definiria como tal, quando vivesse a condição de seu espaço enquanto espaço social, reconhecendo sua produção e se reconhecendo nela". Daí a importância do saber pensar o espaço.

Para que o aluno que está sendo preparado para exercer sua cidadania saiba pensar o espaço a geografia estudada por esse aluno deve permitir que ele se perceba como participante do espaço que estuda, onde se fenômenos que ali ocorrem são resultados da vida e do trabalho dos homens e estão inseridos num processo de desenvolvimento. Não é aquela geografia que mostra um panorama da terra e do homem, fazendo uma catalogação enciclopédica e artificial, em que o espaço considerado e ensinado é fracionado e parcial, e onde o aluno é neutro, sem vida, sem cultura e sem história.

Além de reconhecer sua participação na construção do espaço geográfico o aluno também, para saber pensar o espaço,  precisa saber ler esse espaço (PEREIRA, 1999). Para  isso o professor precisa "alfabetizar o aluno em geografia" (KAERCHER, 2000, p. 12) para que ele não só se aproprie do vocabulário específico desta área de conhecimento, mas, sobretudo, se capacite para a "leitura-entendimento do espaço geográfico" próximo ou distante.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

DAMIANI, Amélia Luisa. A geografia e a construção da cidadania. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (org). A geografia na sala de aula. 5. ed. São Paulo: Contexto, 2003. (p. 50-61).

KAERCHER, Nestor André. A geografia e o nosso dia-a-dia. In: CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos; CALLAI, Helena Copetti; KAERCHER, Nestor André. Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano. Porto Alegre: Ed. Mediação, 2000. (p. 11 - 16)

MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. 4. ed. São Paulo: HUCITEC-VIP, 1985.

PEREIRA, Diamantino. A dimensão pedagógica na formação do geógrafo. In: Terra Livre. São Paulo: Associação de geógrafos Brasileiros - AGB. n° 14, 1999. p 41 - 47.





http://refletindoeregistrando.blogspot.com.br/p/educacao.html

Simulador - Posição do Sol


terça-feira, 30 de agosto de 2016

Segurança




O Município de Itamaraju tem aproximadamente, 68.000 (sessenta e oito mil) habitantes. A segurança  da cidade de Itamaraju é de responsabilidade principal da Polícia civil e  da Polícia Militar. o município possui 26 (vinte e seis) bairros e 09 (nove) distritos. A polícia civil é composta por um efetivo aproximadamente  de 10 (dez) servidores estaduais concursados incluindo a delegada. Ressalta-se que no município só existe uma delegacia com detentos aguardando julgamento a disposição da justiça. A Polícia Militar é representada pela 43ª companhia independente com um efetivo total de cento e dois policiais, sendo unidade gestora de seus próprios recursos advindos do governo do Estado, por conseguinte controlados e descentralizados pelo escalão superior da PMBA, possui uma frota composta por 07 (sete) viaturas sendo quatro aplicadas no serviço dioturnamente.
A 43ª CIPM também, é responsável pelo policiamento preventivo da cidade de Jucuruçu aplicando um efetivo policial de dez homens naquele município.

Feira Livre


O Município de Itamaraju,no seu processo histórico tem se desenvolvido por meio da agricultura,e da  pecuária entre outros aspectos. Nas últimas décadas a agricultura familiar tem avançado de forma significativa,sendo que os agricultores comercializam seus produtos nas feiras livres da cidade.

 Temos hoje dois mercados municipais,nos quais são comercializados produtos em sua maioria oriundos do campo,bem como outros industrializados.Vale apena ressaltar que,esses mercados funcionam durante toda semana com ênfase nas sextas e sábados, onde tem uma quantidade maior de produtos expostos como frutas,verduras e hortaliças.Além dos dois mercados localizados no centro da cidade alta e cidade baixa,contamos ainda com feiras livres aos domingos,em mais três bairros da cidade sendo eles : Várzea Alegre, Urbis III e Cristo Redentor.

  É importante enfatizar que mesmo sendo um espaço muito frequentado por parte da população do Município,ainda falta uma infraestrutura adequada que permita a esses comerciantes que ali residem uma melhor maneira de vender seus produtos.

Atividades Acadêmicas


Como é possível saber pensar o espaço para saber nele se organizar, para saber ali combater, quando se ensina geografia?


HÉLIO SANDRO DOS SANTOS
NILCÉLIA SANTANA DOS SANTOS


Resumo

Neste texto vamos abordar a passado e o presente da geografia sempre contextualizado com o futuro, ou seja, “A Nova Geografia”; também vamos relembrar como nossa geração foi educada com uma visão determinista e isso por vezes limitou muitos de abrangerem seus conhecimentos, também vamos mostrar que alguns professores ainda seguem um ensino tradicional da geografia, mas uma nova geração de professores estão indo para a sala de aula e dando oportunidades aos presentes alunos de poder discutir, interagir, pesquisar, opinar e participar em sala de aula e também nos fóruns de pesquisas e debates sobre “A Nova Geografia”. Pensadores, intelectuais, filósofos e geógrafos importantes como: Yves Lacoste, Milton Santos, José Ortega y Gasset, Lana de Souza Cavalcanti entre outros serão citados para dar embasamento e confirmar os nossos argumentos, vamos perceber ao longo do texto que a história sacrificou isto é, exigiu muitos esforços para que a geografia fosse reconhecida como ciência do espaço, pois essa sempre visa compartilhar com todas as classes inclusive com as menos favorecidas o direto e o dever de cada cidadão.


PALAVRAS-CHAVES: Geografia; Espaço, Crítico; Aluno, Geógrafos.

Como é possível saber pensar o espaço para saber nele se organizar, para saber ali combater, quando se ensina geografia?

Promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando assim profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária, para com o ensino pesquisa extensão com as demandas institucionais e sociais, a realização de uma prática acadêmica que contribua para o desenvolvimento da consciência social e política, e por fim a democratização do conhecimento de toda a sociedade.
Para uns a geografia é confundida com relatos de viajantes, para somente lembrança da infância, ou seja, a geografia era denominada como memorização de conteúdos e fotos imagens ilustrativas, decorar nomes de Estados, países e suas capitais, ou ainda rios, extensões e mais outros conteúdos, e aí as crianças sofriam para decorar este conteúdo.
Em determinados contextos observa-se que as pessoas são levadas a se familiarizar com estruturas, hábitos, eventos, objetos globalizados, não porque deles participem ou usufruem, ainda que não sejam derivados do local, mas apenas porque convivem com eles cotidianamente, sem que façam parte de fato de sua experiência, segundo Cavalcante, 1998.p 93. Ou seja, Cavalcante, foca no estudo geográfico global, o que dá ao aluno a menção do seu espaço e lugar, de onde está localizado sua residência e lugares distantes, tendo noção do cotidiano de pessoas próximas e de pessoas que residem longe, por meio do estudo da geografia, como por exemplo: o ambiente rural que já fez parte do dia a dia de adolescentes de gerações passadas, cada vez mais se distância das novas gerações, que crescem muitas vezes sem perceber a importância deste espaço produtivo e das relações intrínsecas a este e ao meio urbano.
O espaço do adolescente urbano geralmente é restrito à sua residência e aos espaços públicos como escola, a igreja, praça, a rua, o parque, ou espaços privados de Shoppings, clubes, mercados. Já o espaço agrário enquanto espaço de produção dos recursos naturais, principalmente dos alimentos, muitas vezes é desconhecido destes alunos que veem a zona rural como espaço de lazer, somente para um final de semana.
Dentro de todos esses quesitos do êxodo rural, para a zona urbana, agrava a conservação dos recursos naturais, a preservação da saúde, a valorização do trabalho humano e em outras áreas produtiva e de espaço. O adolescente deve ter a consciência e fazer a relação entre espaço urbano e o meio rural, quer dizer toda vez que vai ao mercado comprar arroz ou feijão e outros derivados, ele está se utilizando do meio rural, no meio urbano em seu local de habitação.
O jovem ou adolescente tem que obter o conhecimento através das escolas, para não passar desapercebido destes e outros muitos outros assuntos, que fazem parte do seu dia a dia.
A Geografia “... tem procurado pensar seu papel nessa sociedade em mudança, indicando novos conteúdos, reafirmando outros, reatualizando alguns outros...” (CAVALCANTI, 2002, p.11)
Fundamental é saber que os geógrafos interessados em dar continuidade a proposta teórica de Milton Santos, se dediquem automaticamente à íntima relação entre forma geográfica e a norma jurídica, a saber, que a materialidade se desdobra em ação, segundo, Antas Junior, 2006. P 59.
A cada transformação da natureza física, iremos construir simbólica e cientificamente outras formas ver, pensar, analisar e representar o mundo. A natureza carrega consigo um peso simbólico e ao mesmo tempo contraditório e complexo, sendo entendida diferentemente por diversas formas de pensamentos, ideologias e culturas.
As ideias e conceitos de natureza estão associados a um caráter intrínseco da natureza, que é ser algo dentro do tempo. Na concepção de Ortega Y Gasset, 1973, isto significa que seu estudo de meio e espaço deve ser agora, no presente, mas o agora e o presente devem ser espontâneos.
Quando o momento passa, o mundo físico cessa de ser o que era no momento e por isso é substituído por outro mundo físico que existe como um novo agora, para representar bem este momento é que são estimulados alunos nos estudos geográficos para difundirem o que é a geografia e como se estuda ela, o meio, o espaço.
Pois este mesmo aluno vai chegar o dia em que ficará de frente com a sociedade e natureza com relação extrema territorial e de concepção de tempo, lugar, espaço e redes de lugares. Uma das normas enumeras para se aprender geografia, é a tensão ou harmonia entre objetos e ações que constituem o espaço geográfico, dito de outro modo, como decorrência da indisssociabilidade entre configuração territorial e uso do território, determinantes entre diferentes tipos de normas, para que o ensino da geografia seja aplicado adequadamente e com coerência, nos valores geográficos e espaciais no contexto e aprendizagem.
A geografia, como ciência, e geografia como disciplina a ser ministrada no primeiro e segundo grau, deve expressar através de um método que seja indissociável, ou seja é necessário a busca de um caminho unitário entre a dinâmica da natureza e da sociedade.
O caminho escolhido é uma opção do professor, pesquisador, educador de acordo com a sua perspectiva teórico pedagógica de ensino aprendizagem e posição frente ao mundo. Este caminho se expressa naquilo que é denominado método de ensino. Sendo uma opção refletida, o conteúdo a ser ensinado, fica o resultado uma interação entre sujeito e objeto.
 Um procedimento tem uma nova longa tradição, nas práticas de ensino geral e, em particular, nos estudos geográficos na escola, dada sua característica de lidar com o meio... entendendo o meio como um processo de interação da natureza e a sociedade, segundo Cavalcante,2002.
 O estudo do meio propicia o contato do aluno com seu ambiente, fazendo com que a estratégica pedagógica através de trabalhos de campo e excursões, isto faz do processo interdisciplinar, um objeto mobilizador e sensibilizador aos olhos dos alunos, para o seu conhecimento e depois obter os resultados satisfatórios, visando uma transposição didático.
Segundo Cavalcantte, 2001, para o ensino da geografia precisa se aplicar desta forma: preparação, mobilizar o aluno, leva-lo a refletir o conteúdo, mostra-lo através de textos, mapas e fotos, para que ele conheça e se interesse a retratar o diferencial, por meio de realização de trabalhos com coletas de dados, deixando registrado todo tipo de informação trabalhada em sala ou extra sala, com o proposito, de potencializar cidadãos unanimes e imparcial, formador de opiniões conceituadas em trabalhos explícitos e de coerência no estudo geográfico ambiental e social.
Ainda segundo Cavalcante, esse estudo de campo, visa: favorecer, o conceito geográfico, permite o desenvolvimento do aluno, quanto ao seu território, demarcações e associações, distâncias e altura, o aluno se torna pesquisador desperta, nele a curiosidade em aprender e em descobrir mais conteúdo, também instrui o aluno a buscar outras formas de contextualizar o mesmo conteúdo, ou seja, dá ao aluno a base, para se tornar historiador, como geógrafo, faz transparecer as diferenças entre o meio espacial e o meio físico, as transformações sofridas ao longo do tempo nas paisagens, permitindo ainda, ainda uma observação paralela, entre a preservação ambiental e os problemas enfrentados pelas pessoas que buscam acreditar no projeto de revitalização de áreas afetadas e desmatadas pela mão do homem, esses problemas ambientais vem de forma destrutiva à paisagem e a  sociedade em si, visa creditar a geografia, também como ensino de coletas de dados e a concretização de todos os estudos dados citados acima. Ou seja, o estudo do meio, com a prática escolar, se fundamentando em PCNs, 1997, para conceituar a geografia, no ensino curricular.
O papel do professor intermediador de interagir, com o discente, no ensino pedagógico dentro e extraclasse. Desta forma o estudo do meio propicia ao aluno, a relação com outras disciplinas curriculares, como: português, matemática, história, ciências, artes, inglês e outras mais.
 Quando o professor, mostra ao aluno a forma de aprendizagem que o aluno deve se aperfeiçoar e querer ter vontade de retratar de forma a se familiarizar com o meio natural e o meio social, a geografia busca uma correlação entre esses dois meios. Segundo Visentini,2002, o encaminhamento para a discussão das formas de ensino da geografia, deve ser o de; qual professores de geografia queremos formar, para atuar em qual tipo de escola, e para qual sociedade entregar este cidadão formado.
Por isso é preciso investir no alunado hoje de formas contundentes e eficazes para nas áreas, científicas e humanista, para que a sociedade não sofra as consequências mais tarde como estamos sofrendo agora, por não termos tido estas experiências dentro e fora de sala aula do que é realmente a geografia de como deve ser aplicada e trabalhada, tivemos um ensinamento tradicional determinista, que somente o professor falava e o aluno o escutava.
Hoje ainda vemos esses reflexos em alguns docentes, mas com um respaldo de querer a mudança e se conceituar no ambiente atual e moderno, que destaca o mundo globalizado.
Estamos já em pleno século XXI. Época carregada de muitos signos: hegemonia de um sistema de barbárie com a universalização perversa, homogeneidade do consumo desenfreado, era dos cibernantropos, simultaneidade dos eventos, desconexão territorial da divisão técnica do trabalho, sociedades em rede, comunicação instantânea entre outros, parecem a muitos que nuvens cinzentas sobrepairam aos movimentos libertários, em que os bilhões de homens trabalhadores e de pobres devam ficar inertes, como entes passivos ao domínio de poucos, são os acomodados, leigos a disciplina geográfica e cordialmente submisso ao mundo cibernantropos. A história da humanidade sempre foi marcada por compassos e descompassos que parecem pétreos aos apressados, mas que são transitórios, pois processos estão vivos na dialética do espaço – tempo.
  Essas marcas vêm se esboçando desde o início da segunda metade do século XX, quando os rumos da atual realidade já eram visualizados. Apesar disso, somente poucos trabalhos acadêmicos expressavam, de todo difuso, partes da totalidade que se avizinhava para todos os homens. A grande crise do sistema no início do último quartel do século XX não foi capaz de desencadear um movimento fecundo de transformação do pensamento geográfico brasileiro. As forças dos poderes econômico e político traçavam novas tramas com as armas das tecnologias nascentes e da reorganização do modo de acumulação para a providencia de mais uma modernização conservadora.
Diante da realidade que emergia no neocapitalismo, a geografia se mantinha envelhecida, talvez melhor dizer, coparticipante da tragédia que se anunciava. Essas condições se exigiam uma congregação de esforços para modelar caminhos que levassem a geografia a se tornar uma ciência do espaço vivido a serviço da sociedade, visando o direito e o dever de cada cidadão em compartilhar o estudo da geografia no ensino geográfico brasileiro e diante das classes sociais menos favorecida.
Milton Santos, 1978, o objetivo era de transformar a geografia, para a criação de uma geografia nova, ao mesmo tempo científica e politicamente engajada, e depois ainda realizar a partir do Brasil, com muita ousadia podar alguns vínculos da geografia tradicional, para mudar de forma revolucionária as escolas brasileiras, na condição de ensino da geografia. Num exame da evolução do pensamento da geografia no terceiro mundo, Milton Santos se destaca em ter contribuído com formulações teóricas e metodológicas para a construção de uma geografia reveladora da realidade fora do mundo imperialista, quer seja aqui ou em qualquer outro lugar. Pois os geógrafos, ao lado de outros cientistas sociais, devem se preparar para colocar os fundamentos de um espaço verdadeiramente humano, um espaço que una os homens por e para seu trabalho, mas não para em seguida separar entre classes, entre exploradores e explorados, um espaço matéria inerte trabalho pelo homem, mas não para se voltar contra ele, um espaço, natureza social aberta à contemplação direta dos seres humanos, e não um artifício, um espaço de instrumento de reprodução da vida, e não uma mercadoria trabalhada por uma outra mercadoria, o homem artificializado.
Essa nova geografia presidia pelo interesse social deve levar em conta, entre outros parâmetros, o fato é de que um lado, vivemos numa época de transição; de outro lado, a realidade do fato nacional que agora se impõe em toda parte. Pensando que a fase histórica atual é uma fase de transição, não nos devemos deixar aprisionar no presente como se ele fosse eterno e não podemos contentar – nos com a simples análise da estrutura atual. Santos, 1980.
Santos ainda fala mais sobre o saber educacional as revoluções feitas ao longo do tempo para que o ensino da geografia fosse prioridade, para a formação e sustentação do ser humano na sociedade, pois a prática educativa e o saber docente, tais mudanças expõe contradições fabulosas e presentes no atual período globalizado e reintegrado, mas essas superações são reflexões de lutas propostas já em 1978, com a renovação da geografia. Ou seja, a crítica deixou de fazer parte da geografia, passando a ser a geografia crítica e evolutiva, através do meio técnico – científico de informação a todo instante veio justificar e relacionar o mundo global e deixar os jovens e adultos voltados ao estudo engajados neste novo conceito de geografia.
Para Santos, a escola se esforça para que os pequenos cidadãos, que estão sendo formados ali, se tornem grandes pessoas preocupadas com o espacial e o social, para o bem maior funcionar, que é a economia e a igualdade social do planeta, sem classificações e justificativas errôneas de pessoas despreparadas para atuar como formadores de opinião.
Moscovi, também fala a respeito da construção do sujeito relacionando as representações sociais para que o indivíduo seja guiado no decorrer do seu caminho. Abric, 2000, também enfoca nesses grupos existentes e reforça como sendo: o grupo do sistema central, que comanda tudo, dá as ordens, a sociedade caminha com a opinião deste grupo. O outro grupo é o grupo do sistema periférico que engloba a classe pobre e desmerecida, e muitas vezes são igualadas a pessoas ignorantes e sem educação, quando na verdade faltou para essas pessoas, uma palavra importante e eficaz na formação do cidadão, a educação escolar, o ensino do mundo global, a visualização do atual para este fazer a diferença quando cobrado e não entendido e respeitado.
Elvira fala que: a superação, como dizem os sujeitos da geografia tradicional acontecia sob uma forte tensão entre teoria e a prática educacional, hoje a prática mudou e com essas mudanças veio a transformação da vida humana na terra, mudou se o conceito e a forma de pensar do indivíduo e que é estruturada conforme a visão crítica, isto faz a diferença e fará ao longo do tempo contemporâneo.
Uma nova articulação entre o ambiente físico e o social, e o processo de construção das múltiplas identidades que nos constituem ao passar a história da nossa vida, segundo Hickman, é válido para as crianças, jovens, adultos e todos que se tornarem conscientes do que é ser cidadão e dar valor ao ensino aplicado e direcionado da melhor forma possível, no ensino do meio geográfico, (pessoal, social, cultural). Cada um de nós tem uma grande responsabilidade, as escolas que fizemos por nós e pelos nossos fará grande diferença no futuro.
Cabe a nós professores vencer o pensamento de Geografia estática que foi por muito tempo repassado nas escolas, como forma de manutenção da sociedade hierarquizada. Para isso, é preciso instigar a curiosidade do aluno para que ele possa trazer suas contribuições para a sala de aula, gerando um espaço onde haja trocas de conhecimento, diálogo e contato com realidades diferentes. Essas possibilidades não podem ser desperdiçadas, pois a escola deve possibilitar situações para que o educando desenvolva a sua autonomia, adquirindo criticidade para se posicionar diante dos desafios.

Considerações Finais

No dia a dia escolar são dezenas as verdades e experiências com os quais nos surpreendem. Entre tantas podemos mostrar as com maio frequência algumas deficiências no aprendizado dos alunos, onde estes apresentam certas dificuldades no que tange ao ensino da Geografia, especialmente quando deste exige reflexão sobre os acontecimentos cotidianos e do mundo.
A passagem do século XX para o século XXI, começou com grandes mudanças expressivas no mundo que afetaram e/ou ainda afetam o planeta, já não se pode viver isolado, todos os povos e países estão interligados por meio da revolução tecnológica e comunicações instantâneas e da informação.
Diante deste quadro a escola e principalmente a Geografia tem analisado como está seu papel e o seu agir. Em pleno século XXI não podemos deixar como a história da humanidade registra descompassos, ou seja, desordem, conectados instantemente no mundo globalizado não podemos deixar de falar geografia nova para que bilhões de pessoas não receba de nós um mundo à beira do caos e destruição. Precisamos nos comunicar melhor para pôr fim a um círculo vicioso do consumo desenfreado, precisamos usar o espaço para guerra pois como diz Yves Lacoste conhecer a geografia ...só serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra.








Referências

ABRIC,J,C.A Abordagens Estrutural das Representações,2000.

OLIVEIRA, A.C. Estudos Interdisciplinares de Representação Social,2000.

MOSCOVICI,S. 1978.
MILTON SANTOS, Por uma Geografia Nova, 1978.

SUERTEGARAY, D.M.A. O Que Ensinar em Geografia, Geografia e Educação,1999.

CAVALCANTE, LANA DE SOUZA, Geografia Escola e Construção de Conhecimento, 1998.

CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e prática de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002.

LACOSTE. Yves. Geografia: isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas, SP: Papirus, 1988.

VESENTINI, José Willian. Educação e ensino da geografia: instrumento de dominação e/ou de libertação. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri. A geografia na sala de aula. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2003.

VISENTINI,J.W. Formação do Professor de Geografia,2002.




CULTURA DE ITAMARAJU




Culturalmente, Itamaraju é fruto do encontro bem-sucedido de baianos, capixabas e mineiros, que souberam acolher elementos uns dos outros numa fusão rica em diversidade. É possível identificar traços dessas três culturas na comida, na música, no folclore, nas tradições, nas festas populares, etc. Para rememorar essa realidade, todos os anos é realizada a “Festa de Tri-Cultura”, uma iniciativa popular que coincidem sempre com os festejos em homenagem a Nossa Senhora de Fátima, padroeira da homônima paróquia.


Festa de São João


Itamaraju realiza todos os anos a Festa de São João, considerada a melhor do Extremo Sul da Bahia. Tradicionalmente, há concursos de quadrilhas, de ruas e de gastronomia junina. Cerca de 30 mil pessoas por noite se reúnem para dançar forró, xote, comer canjica, milho verde, pamonha e beber quentão e licor. A prévia da festa oficial ocorre alguns dias antes com o já tradicional “Forró da Caixa”, organizado pelos funcionários da Caixa Econômica Federal.




Festa dos Padroeiros da cidade

A mais tradicional festa religiosa da cidade é realizada em setembro, ocasião em que todo o povo participa do novenário em homenagem aos padroeiros Santos Cosme e Damião. Além dos elementos devocionais, todos os anos, dezenas de mascates, ambulantes de outros estados, cantadores, cordelistas, repentistas e toda sorte de artistas populares se deslocam para o recinto da festa, tornando o evento um momento singular na vida da cidade.



Aniversário da cidade/concurso de bandas marciais e fanfarras

Todos os anos, no dia 05 de outubro, tem lugar os festejos relacionados ao aniversário da cidade. 


Neste dia, já se tornou uma tradição enraizada na cultura local o concurso de bandas marciais e apresentação de fanfarras.


No mês de junho, realiza-se outra concorrida festa: o tradicional Baile dos Namorados, evento dançante que reúne casais de todas as idades. É animado sempre por uma banda de baile, cujo repertório, por exigência do público, traz músicas das décadas de 60, 70, 80, 90 e atualidade.

Festa da Café Norte

Ao final da colheita do café, no mês de julho, é a realizada a festa batizada por “Festa da Café Norte”, pelo fato de ser organizada pela principal empresa do ramo no município, em sua sede rural.

A 33ª edição reuniu milhares de pessoas entre elas funcionários, colhedores e amigos que se juntaram para participar da confraternização que já é tradição ao longo de 33 anos. Todos os convidados foram recebidos com um verdadeiro banquete contendo churrasco, bebidas e petiscos para variados gostos.

Festa do Havaí

Todos os anos, é realizada uma das mais organizadas, elogiadas e badaladas festas da cidade: a festa do Havaí, de iniciativa da Maçonaria de Itamaraju. Tradicionalmente, ocorre no mês de novembro, sempre animada por artistas e bandas que atuam com ecletismo, a fim de agradar ao público de todas as idades.


Descida Ecológica pelo Rio Jucuruçu

Evento realizado no mês de janeiro, com a participação de proprietários de pequenas embarcações, provenientes de Itamaraju, Prado, Salvador, Vitória e outras cidades. Tem como objetivo promover a integração e a educação ecológica, através de lazer e entretenimento. A descida pelo Rio Jucuruçu vai até a cidade de Prado. São 50 km, partindo de Itamaraju.


Cavalgadas

Tornou-se já uma forte tradição no município a realização do que se chamam “cavalgadas”, eventos de grande participação popular, em que cavaleiros e amazonas se deslocam, festivamente, montados em seus cavalos, de uma localidade a outra do território municipal. 


Merecem destaque a “Cavalgada do Piraji”, realizada no homônimo distrito, em setembro, e a “Cavalfest”, realizada na sede, em outubro.

sábado, 20 de agosto de 2016

Geógrafos - UNEB (Polo Itamaraju)


Estamos transformando o Mundo adquirindo conhecimentos. Aqui vamos compartilhar, socializar, debater e refletir sobre assuntos interessantes de nossas atividades acadêmicas e também vamos falar sobre o município de Itamaraju - BA, sede do nosso polo acadêmico e mais noticias gerais, curiosidades geográficas, dentre outros. Participem, será muito bom e positivo a presença de todos neste blog.

O QUE É GEOGRAFIA?



A geografia atualmente é considerada a ciência que estuda o espaço geográfico, ou seja, o ramo do conhecimento que busca compreender a dinâmica do espaço, produzindo e transformando direta ou indiretamente com a força do ser humano, ou seja a geografia estuda a sociedade e a natureza, mas com um foco no homem e seu relacionamento uns com os outros, dando assim início a organização do espaço terrestre. Um dos objetivos do estudo da geografia é contribuir para melhor maneira de explorar os recursos da natureza, melhorando assim a relação socioespaciais do globo terrestre.


Definição: Geo - terra e grafia – descrição, o conceito de geografia é descrever os fenômenos da superfície terrestre, pode também se expandir no estudo de campo dos lugares e a diferenciação das áreas. A geografia é muito complexa e bastante abrangente em vários tipos de estudo, sua origem vem da Grécia Antiga, pois estudiosos gregos que viajavam para diversos lugares, passaram a registrar tudo o que viam, como recursos naturais e culturais de povos.

A geografia, é na verdade uma ciência horizontal, enquanto que outras formas de estudo são verticais, ou seja, a geografia ensina o científico e a prática, ao mesmo tempo, há nela uma orientação de como se realiza a observação da paisagem, da região, do território, e de lugar e ainda as redes. Ela estuda as ciências da natureza (relevo, a representação do espaço, mapas, a formação das cidades, o meio rural, os territórios políticos, de estados, as disputas regionais e territoriais, entre inúmeros outros elementos e também o meio social.

Em todo o transcorrer da história da geografia, foram atraindo novos temas e abordagens diferenciada ,isto tornou a geografia explicita e eficaz em todos os lugares, transformando objetos em objetivos, oscilando de acordo com o momento histórico e os ideais dos pesquisadores da atualidade, por exemplo: Há hoje inúmeros segmentos geográficos ou  formas de se estudar a geografia; Temos a: Geografia Turística, Estatística, Geografia Agrária, Geografia Cultural, Geografia Econômica, Geografia Política, Geografia Social, Geografia Urbana, Recenseamento, Geografia Matemática atua na Cartografia, Geografia Astronômica, Topografia, Geomática, Orografia, e sistemas de informação geográfica, isto é a Geografia Humana. Já a Geografia Física são: Biogeografia, Climatologia, Geomorfologia, Paleogeografia, Pedologia, Oceanografia, Hidrologia, Glaciologia. Tudo isto estuda o homem a natureza e suas relações espaciais.


quinta-feira, 18 de agosto de 2016

LICENCIATURA EM GEOGRAFIA


É um grau acadêmico, que estuda a interação do homem com o meio espacial abrangendo o social, econômico, político, geológico, biogeográfico entre outros. A missão do curso de licenciatura em geografia é formar cidadãos que se comprometam com a ampliação e socialização do conceito geográfico nos diversos níveis educacionais e técnicos, que possam contribuir para o desenvolvimento científico nacional, regional e local. Tem por finalidade formar profissionais capazes de compreender a relação sociedade – natureza de maneira teórica e prática, tendo referência sempre a dinâmica geográfica. Possui também a capacidade de formar profissionais docentes em nível de ensino para Fundamental II, Ensino médio e Ensino Superior e o licenciado em geografia pode promover o ensino, a pesquisa e a extensão de forma integrada e comprometida com as propriedades do desenvolvimento local e regional. O discente em geografia é chamado a observar a atuação democrática, às novas tecnologias e a dinâmica de produção do espaço.

O curso licenciatura em geografia dá suporte para trabalhar na elaboração de planos diretores de municípios, na educação sobre impacto ambiental, organização da produção e sociedade, podendo confeccionar e interpretar mapas, diagnosticando, desmatamento, erosão, avanço dos oceanos e desertificação, sua atuação também se amplia a segmentos compatíveis com a formação obtida no curso, como por exemplo: atuar em empresas de planejamento territorial e ambiental, geoprocessamento e monitoramento remoto, empresas de engenharia e multinacionais dos setores de mineração e petróleo, em prefeituras, órgãos públicos e privados de consultoria e pesquisas como é o caso do IBGE ( INSTITUTO BRASILEIRO DEGEOGRAFIA E ESTATÍSTICAS), bem como muitas outras repartições equivalentes e que se enquadram em alguns desses requisitos acima.


O graduado em Geografia estuda a Terra e sua ocupação pelo homem. Seu campo de interesse não se limita à geografia física (relevo, vegetação, clima). Ele também analisa como as populações se relacionam com o ambiente e ocupam espaços rurais e sociais. Esses conhecimentos o tornam apto a elaborar planos diretores de municípios e diagnósticos para a redução do impacto ambiental causado por grandes obras civis. Com dados captados por satélites, confecciona e interpreta mapas.

Boas Vindas



Olá! Visitante, aqui nós vamos nos divertir e ao mesmo tempo adquirir conhecimentos; este blog acadêmico tem a finalidade de socializar, debater, interagir de forma critica e super LEGAL. Acesse nossas páginas virtuais e tenha acesso a links bem interessantes, no página principal você encontrará informações sobre nosso curso de "Licenciatura em Geografias", alem das novidades dessa área do conhecimento e muito mais; ah! não se esqueça de navegar na pagina das disciplinas até aqui estudadas e das que ainda estudaremos lá você vai encontrar novidades e curiosidades sobre elas....

Historia da Educação de Itamaraju


Historia da Educação de Itamaraju


Situada no extremo sul da Bahia, a cidade limita-se ao norte com os municípios de Guaratinga, Itabela e Porto Seguro, a leste com Prado, ao sul com município de Vereda e a oeste com Jucuruçu.
O nome escondido, segundo relato do Sr. Candido Nascimento, descendente de um dos fundadores da vila, deveu-se ao esconderijo de alguns desertores da guerra do Paraguai presente nesta região. Estes, fugindo em navios, desembarcaram no porto de Prado. Seguindo em canoa rio acima, encontraram, às margens do rio, lugar propício para se “abarracar” até findar o período da guerra.
O vilarejo foi ganhando novos agregados e novos nomes: Vila Pirapoti, em homenagem a uma tribo já existente aqui, depois, vila Dois Irmãos, em honra aos padroeiros do lugar, Santos Cosme e Damião.
Vila de uma Única Rua, a cinco de outubro, até então chamada de rua do comércio, uma praça- a da matriz, com sua igreja construída de pedras. À frente, um cruzeiro, em que sempre havia velas acesas pelos devotos.

O nome de Itamaraju foi criado pelo pioneiro do cacau Moisés Santos Almeida, considerado por muitos da região como um poeta alegórico, pelo qual a cidade ganhou a significação da palavra formada pela junção das seguintes sílabas: ITA, que na linguagem indígena significa pedra, simbolizada pela pedra cartão postal da cidade “Pedra do Monte Pescoço”; MARA, significando uma região montanhosa simbolizada pela Pedra do Monte Pescoço e de matas representadas por suas galhas de árvores que se debruçam nas margens do Rio Jucuruçu; JU, primeira sílaba do rio que corta inteiramente o município Jucuruçu, que também é termo indígena, numa alegoria poética dos tupiniquin e Pataxós.


Desenvolvimento da educação de Itamaraju

A vila agora ia crescendo, tomando ares de um povoado próspero. É construído o primeiro prédio escolar. Escola Municipal Augusto Carvalho.Com aulas ministradas pela jovem e bela senhora Marlene Mascarenhas de Carvalho, professora recém - formada, vinda da capital Salvador e recém-casada com o Jovem Valter Andrade Carvalho. Ele, mais tarde, seria eleito prefeito da cidade. Percebia-se o aumento das construções para moradia e para o comércio. Marco visível do desenvolvimento foi a instalação, no começo dos anos 60,de uma agência do banco da Bahia, mais tarde denominado banco Econômico. 


É também desta década a criação é o funcionamento do Ginásio Normal Augusto Carvalho, que funcionava nas dependências ampliadas da escola municipal de mesmo nome. Um marco na história da educação nesta região, idealizado e realizado pelo professor Benedito Pereira Ralile, oriundo da cidade de Caravelas.

Falar da figura do professor Ralile e recordar aquela figura sentimental, escondida atrás de óculos de grossas lentes para corrigir o estrabismo, o que lhe dava um ar de austeridade.

Falava forte. Era um “sargentão” dirigindo, liderando as turmas que compunham o alunado daquela instituição. Entretanto, era dócil quando se tratava de resolver um problema pessoal envolvendo o aluno ou a família. Sabia ser generoso, solidário e compreensivo frente a problemas pessoais.
Professor Ralile era um verdadeiro sonhador, um visionário apaixonado pela educação. Conseguiu, em meio a muitas lutas desenvolver entre a juventude da época o gosto pela leitura, pelo conhecimento, pela ética e pelo civismo. Além de fundador, exercia as funções de diretor e professor.

Quem teve o privilegio de estudar com ele a de se lembrar de que mesmo sem nenhum recurso didático era capaz de fazer a classe “viajar” em suas aulas de história.

Fato curioso: havia na porta de entrada do colégio uma senhora, auxiliar de disciplina, a “inspetora”, que, por ordem do diretor, utilizava uma fita métrica para medir a saia da maioria das alunas, conferindo, assim, o tamanho padrão do uniforme que deveria estar em cima do joelho. E que algumas alunas dobravam o cós das saias, tornando-as mais curtas.

Outros educadores deram suas parcelas contribuindo com a educação da cidade. Dentre eles, o Sr. Geraldo Magela Cantalice é seu irmão, autores do Hino a Itamaraju. Este período e assinalado por belos cívicos e formaturas memoráveis, que aconteceram sob a batuta do maestro, o mestre, professor Ralile.

Itamaraju continuava crescendo. Podíamos presenciar a construção do Colégio Estadual Polivalente, com uma proposta arrojada para a educação na região: cursos de Educação para o Lar, Puericultura, Técnicas Industriais, Técnicas Comerciais, com salas equipadas e professores capacitados, todos oriundos de Salvador para ministrarem os referidos cursos.

A partir da década de 60 foram criadas as escolas da rede municipal de ensino de Itamaraju da sede e do campo. As escolas criadas naquela época, foram mantidas com recursos municipais, através de dotações próprias, consignadas em orçamento de programas anuais.

Algumas dessas escolas foram:

-Grupo Escolar Municipal Walter Carvalho, situada no povoado de Pirajá, com 2 salas de aula, com os cursos de alfabetização à 2º série ,iniciando as atividades no ano de 1967;

-Escola Municipal Pau D’alho, localizada no povoado de Pau D’alho, com 4 salas de aula, com cursos de alfabetização à 4º série, iniciando atividades no ano de 1967;

-Escola Municipal Reitor Edgar Santos, situada na Rua Chile, s/nº na sede, com 11 salas de aula, com cursos de 5º a 8º séries, iniciando as atividades no ano de 1968;

-Escola Municipal Bairro da Liberdade, situada à margem direita da rodovia Itamaraju-Prado, Bairro Liberdade, na sede, com 2 salas de aula, com o curso de alfabetização a 4º série, iniciando as atividades no ano de 1972;

-CEI-Centro Educacional De Itamaraju, situado na Praça Mal. Castelo Branco, s/nº,na sede, com 04 salas de aula, com cursos Alfa I e II a 4º série, iniciando as atividades no ano 1977;

-Escola Municipal Novo Prado, situada no Bairro Novo Prado, na sede, com 2 salas de aula, com curso alfabetização, iniciando as atividade no ano 1983;
-Escola Municipal Santa Rosa, localizada na Fazenda Princesa do Farol, Distrito Piragi, tendo início das atividades em 1984;

-Centro Municipal de Educação Infantil Cristo Redentor, localizada no Bairro Cristo Redentor, tendo iniciado suas atividades no ano 1995;

-Centro Municipal de Educação Infantil Criança Feliz, localizada na Urbis II, tendo iniciado suas atividades no ano 2003;

-Centro Municipal de Educação Infantil Semente do Saber, localizada na Urbis III, tendo iniciado suas atividades no ano 2006.

-Escola Municipal Euclides Neto, localizada no Assentamento Pedra Bonita, tendo início das atividades em 2006.

O tempo passou. A cidade se desenvolveu, chegando também a nossa cidade as escolas particulares como: A escola São João Evangelista, que é administrada pelas freiras Escola Crescer; Colégio Presbiteriano 12 de agosto, e hoje conta com mais de 60 mil habitantes.



Conclusão

A educação do nosso município, a principio baseava-se em uma linha pedagógica Tradicional, onde o objetivo principal era universalizar o acesso do individuo ao conhecimento,não havia lugar para o aluno atuar,agir ou reagir de forma individual.Não existem atividades práticas que permitem aos alunos inquirir,criar é construir.Geralmente,as aulas são expositivas,com muita teoria e exercícios.

Nos tempos atuais segue-se varias linhas pedagógicas como por exemplo:a linha construtivista,propõem que o aluno participe ativamente do seu próprio aprendizado,mediante a experimentação,a pesquisa em grupo,o estimulo a duvida e o desenvolvimento do raciocínio, a linha montessoriana que valoriza a educação pelos sentidos e pelo movimento para estimular a concentração e as percepções sensório-motoras.E por fim linha Waldorf,onde o ensino teórico e sempre acompanhado pela pratica,com grande enfoque nas atividades corporais.

Portanto essas são as fases de evolução da educação do nosso município.


  Referências:


POLON.Olga.Verde:Incontáveis Tons: 1º Ed.Vila Velha-ES:Above,2014.

Decreto Nº 904/2012.Prefeitura Municipal de Itamaraju Estado da Bahia.

Wikipedia

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